Em baixo deixamos a tradução do terceiro capítulo da obra ‘A Cidade Antiga’, de Fustel de Coulanges, intitulado, ‘O Fogo Sagrado’.
-------------------------
Na casa de cada grego e romano encontrava-se
instalado um altar; neste alter existia sempre uma pequena quantidade de cinzas
e uns poucos carvões. Era uma obrigação sagrada para o mestre de todas as casas
a de manter o foco aceso noite e dia. Desgraça caía na casa em que o fogo se
extinguisse. Todas as noites eles cobriam os carvões com as cinzas para
prevenir que estes fossem inteiramente consumidos. De manhã, o primeiro cuidado
era o de reavivar o fogo com alguns ramos. O fogo só deixava de brilhar no
altar quando a família inteira tivesse desaparecido; uma terra extinguida, uma
família extinguida, eram expressões sinónimas entre os antigos.
É evidente que este uso de manter o fogo
constantemente no altar estava relacionado com uma crença antiga. As regras e
os ritos que eles observavam em relação a isto mostram que não era um costume
insignificante. Não era permitido alimentar o fogo com qualquer tipo de
madeira; a religião distinguia entre as árvores que podiam ser empregues para
este uso daquelas com as quais era impiedade fazer uso delas.
Era também um preceito religioso que o fogo se
mantivesse sempre puro, o que significava, literalmente, que nenhum objeto sujo
fosse colocado sobre ele e, metaforicamente, que nenhum ato condenável fosse
praticado na sua presença. Existia um dia no ano – entre os romanos era o
primeiro de Março – quando era o dever de cada família o de apagar o fogo
sagrado e imediatamente acender outro. Mas para reacender este novo fogo,
certos ritos tinham de ser escrupulosamente observados. Especialmente deviam evitar
usar pedra e ferro para este propósito. Os únicos processos permitidos eram os
de concentrar os raios solares num foco ou de esfregar rapidamente dois pedaços
de madeira de determinado tipo. Estas diferentes regras provam suficientemente
que, na opinião dos antigos, não era uma questão de procurar um elemento útil
ou agradável; estes homens viam algo diferente no fogo que era queimado nos
seus altares.
Este fogo era algo divino; eles adoravam-no, e
ofereciam-lhe um culto real. Faziam-lhe oferendas de quaisquer coisas que
julgavam ser agradáveis a um deus – flores, frutas, incenso, vinho e vítimas.
Acreditavam que tinham poder e pediam-lhe a sua proteção. Dirigiam preces
ferventes a ele, para obter aqueles objetos eternos do desejo humano – saúde,
riqueza e felicidade. Uma destas preces, que foi preservada na coleção dos
Hinos Órficos, seguia assim: “Torna-nos para sempre prósperos, sempre felizes,
Ò Fogo; Vós que sois eterno, belo, sempre jovem; Vós que alimentais, Vós que
sois rico, recebais favoravelmente estas nossas oferendas e de volta dai-nos
felicidade e doce saúde.”
Então eles viam no fogo um deus beneficente, que
mantinha a vida do homem, um deus rico, que o nutria com prendas; um deus
poderoso, que protegia a sua casa e família. Na presença de perigo eles deviam
procurar refúgio perto deste fogo. Quando o palácio de Priam é destruído, Hécuba
traz o velho homem para junto da terra. “As vossas armas não podem proteger”,
diz ela; “mas este altar a todos protegerá.”
Veja-se Alceste, que está prestes a morrer, dando a
sua vida para salvar o seu marido. Ela aproxima-se do fogo e invoca-o nestes
termos: “Ò divindade, ama desta casa, pela última vez me prostro diante de Vós,
e dirijo as minhas preces, pois vou descender para o seio dos mortos. Cuidai
dos meus filhos, que não terão mãe; dai ao meu filho uma mulher afetuosa, e à
minha rapariga, um nobre marido. Não os deixais, como a mim, morrer antes do
tempo; mas deixai-os aproveitar uma longa vida no seio da felicidade. ”
Na desfortuna o homem recorreu ao fogo sagrado e a
ele lançou censuras; na boa fortuna devolveu-lhe graças. O soldado que
retornava da guerra agradecia-lhe por lhe ter permitido escapar aos perigos.
Ésquilo descreve Agamemmon a regressar de Troia, feliz, coberto de glória. O
seu primeiro ato não é de agradecer a Júpiter; ele não se desloca ao templo
para descarregar a sua alegria e gratidão, mas faz um sacrifício de boas-graças
ao fogo na sua própria casa. Um homem nunca saía da sua habitação sem endereçar
uma prece ao fogo; no seu retorno, antes de ver a sua mulher e abraçar os seus
filhos, ele deve prostra-se diante do fogo, e invoca-o.
O fogo sagrado era a Providência da família. O
culto era muito simples. A primeira regra era que deviam sempre existir uns
poucos carvões vivos no altar; pois se o fogo se extingue um deus deixa de
existir. Em certos momentos do dia eles colocavam sobre o fogo ervas secas e
madeira; então o deus manifestava-se numa chama brilhante. Eles ofereciam-lhe
sacrifícios; e a essência de todo o sacrifício era o de suster e reanimar o
fogo sagrado; alimentar e desenvolver o corpo do deus. Esta era a razão por que
lhe davam madeira antes de qualquer outra coisa; pela mesma razão depois
deitavam vinho sobre o altar – o inflamável vinho da Grécia – óleo, incenso e a
gordura das vítimas. O deus recebia estas oferendas e devorava-as; radiante com
satisfação, ele levantava-se acima do altar e iluminava o adorador com a sua
luminosidade. Então era o momento de invocá-lo; e o hino da oração saía do
coração do homem.
Especificamente eram as refeições familiares atos
religiosos. O deus aí presidia. Ele tinha cozinhado o pão e preparado a comida;
a oração, portanto, era devida no início e no final do repasto. Antes de comer,
eles colocavam sobre o altar os primeiros frutos da comida; antes de beber,
eles deitavam uma libação de vinho. Esta era a porção do deus. Ninguém duvidava
que ele se encontrava presente, que ele comia e bebia; pois não viam eles que a
chama aumentava como se tivesse sido alimentada pelas provisões oferecidas?
Portanto a refeição estava dividida entre o homem e o deus. Era uma cerimónia
sagrada, pela qual eles estabeleciam comunhão um com o outro. Esta é uma crença
antiga, a qual no decurso do tempo, desapareceu das mentes dos homens, mas que
deixou atrás, durante muitas eras, ritos, usos e formas de linguagem das quais
até os incrédulos não se conseguiam libertar. Horácio, Ovídio e Petrónio ainda
ceavam diante dos seus fogos, providenciavam libações e dirigiam-lhes preces.
Este culto do fogo sagrado não pertenceu
exclusivamente às populações da Grécia e Itália. Encontramo-lo no Oriente. As
Leis de Manu, como chegaram até nós, mostram-nos a religião de Brahma
completamente estabelecida, e inclusive no início do seu declínio; mas eles
preservaram vestígios e relíquias de uma religião ainda mais ancestral – a do
fogo sagrado – a qual a adoração de Brahma tinha reduzia a um patamar
secundário, mas que não a conseguiu destruir. O brahmin tem de manter o seu
fogo dia e noite; todas as manhãs e todas as noites ele alimenta-o com madeira;
mas, como com os gregos, esta deve ser madeira proveniente de certas árvores.
Como os gregos e os italianos lhe oferecem vinho, o hindu despeja sobre ele um
licor fermentado, ao qual chama de soma. As refeições, também, são atos
religiosos, e os ritos estão escrupulosamente descritos nas Leis de Manu. Eles
dirigem preces ao fogo, como na Grécia; oferecem-lhe os primeiros frutos do
arroz, manteiga e mel. Lemos que “o brahmin não devia comer arroz da nova
colheita sem ter oferecido os seus primeiros frutos ao fogo sagrado; pois o
fogo sagrado é sedento de sementes, e quando não é honrado, devorará a
existência do brahmin negligente.” Os hindus, como os gregos e os romanos, concebiam
os deuses como insaciáveis não só de honras e respeito, mas de comida e bebida.
O homem acreditava-se compelido a satisfazer a sua fome e sede, se desejava
evitar a sua fúria.
Entre os hindus a divindade do fogo é chamado Agni.
O Rigveda contém um grande número de hinos dirigidos a este deus. Num é dito,
“Ò Agni, vós sois vida, vós sois protetor do homem… Como recompensa dos nossos
louvores, concede ao pai de família que implora pela vossa glória e riquezas…
Agni, vós sois um prudente defensor e um pai; a vós devemos a vida; nós somos a
vossa família. ” Portanto o fogo desta terra é, como na Grécia, um poder
tutelar. O homem pede pela sua abundância: “Fazei a terra mais pródiga para
nós.” Ele pediu-lhe saúde: “Garanti que eu desfrute de uma longa vida, e que eu
possa chegar a uma idade avançada, como o sol poente.” Ele inclusive roga-lhe
sabedoria: “Ò Agni, vós que colocais sobre o bom trilho o homem que vagueou
pelo caminho ímpio… Se tivermos cometido uma falta, se fomos para longe de Ti,
perdoai-nos.” Este fogo da terra era, como na Grécia, essencialmente puro: o
brahmin estava proibido de atirar-lhe algo sujo, ou inclusive de aquecer os
seus pés nele. Como na Grécia, o homem culpado não podia aproximar-se da sua
terra antes de se ter purificado.
É uma forte prova da antiguidade desta crença, e
daquelas práticas, encontrá-las ao mesmo período dos homens das margens do
Mediterrâneo a e daqueles da Península da Índia. Seguramente os gregos não tomaram
esta religião emprestada dos hindus, nem os hindus dos gregos. Mas os gregos, os
italianos e os hindus pertenciam à mesma raça; os seus antepassados, num
passado muito distante, viveram juntos na Ásia Central. Ali desde cedo originaram
e estes ritos foram estabelecidos. A religião do fogo sagrado data, portanto,
da distante e obscura época onde ainda não existiam gregos, italianos ou
hindus; onde só existiam arianos. Quando as tribos se separaram, eles levaram
este culto com elas, algumas para as margens do Ganges, outras para as costas
do Mediterrâneo. Mais tarde, quando estas tribos não tinham interação umas com
as outras, algumas adoravam Brahma, outras Zeus, outras ainda Jano; cada grupo
escolheu os seus próprios deuses; mas todas preservaram, como um legado antiquíssimo,
a primeira religião que tinham conhecido e praticado no berço comum da sua
raça.
Se da existência deste culto entre todas as nações
indo-europeias não foi suficientemente demonstrada a sua elevada antiguidade,
podemos encontrar outras provas da mesma nos ritos religiosos dos gregos e dos
romanos. Em todos os sacrifícios, até naqueles oferecidos a Zeus ou a Atena, a
primeira invocação era sempre dirigida ao fogo. Toda a oração para qualquer
deus devia iniciar e finalizar com uma prece ao fogo. Em Olímpia, o primeiro
sacrifício oferecido pelos povos reunidos da Grécia foi para a terra-fogo, o
segundo era para Zeus. Então, também, em Roma, a primeira adoração era sempre
dirigida a Vesta, que era não outra que a divindade do fogo. Ovídio diz desta
deusa que ela ocupava o primeiro lugar nas práticas religiosas dos homens.
Também lemos nos hinos do Rigveda, “Agni tem de ser invocado antes de todos os
outros deuses. Devemos pronunciar o seu venerável nome antes de todos os outros
imortais. Ò Agni, qualquer outro deus que honremos com o nosso sacrifício, o
holocausto é sempre a Vós oferecido.” É certo, portanto, que em Roma no tempo
de Ovídio, e na Índia no tempo dos brahmins, o fogo sagrado tomava precedência
sobre todos os outros deuses; não que Júpiter e Brahma não tivessem adquirido
uma maior importância na religião dos homens, mas era relembrado que o fogo
sagrado era muito mais antigo que esses deuses. Por muitos séculos ele tinha
mantido o primeiro lugar no culto religioso e os novos e maiores deuses não o
puderam destronar.
Os símbolos desta religião modificaram-se ao longo
dos tempos. Quando os povos da Grécia e de Itália começaram a representar os
seus deuses por pessoas, e a dar a cada um nome próprio e uma forma humana, o
antigo culto do fogo sagrado submeteu-se à lei comum que a inteligência humana,
nesse período, impôs a todas as religiões. O altar do fogo sagrado tornou-se
personificado. Chamavam-no de estía, Vesta;
o nome era o mesmo em latim e em grego, e era o mesmo que na linguagem comum e
primitiva designava um altar. Por processo muito frequente, um nome comum
tornou-se um nome próprio. Aos poucos surgiu uma lenda. Representou-se esta
divindade sob uma forma feminina, porque a palavra usada para altar era do
género feminino. Eles foram ao ponto de representar esta deusa em estátuas. Não
conseguiram no entanto obscurecer a crença primitiva, de acordo com a qual esta
divindade era simplesmente o fogo sobre o altar; e o próprio Ovídio foi forçado
a admitir que Vesta não mais era que uma “chama viva.”
Se compararmos este culto do fogo sagrado com o
culto dos mortos, do qual já falámos, percebemos uma relação próxima entre
eles.
Note-se, em primeiro lugar, que este fogo, que se
mantinha a arder na lareira, não era, nos pensamentos dos homens, o fogo da natureza
material. O que eles viam não era o elemento puramente físico que aquece e
queima, que transforma os corpos, derrete metais e torna-se o poderoso
instrumento da indústria humana. O fogo do coração é de uma natureza muito diferente.
É um fogo puro, que só pode ser produzido com a ajuda de certos ritos, e que só
pode ser mantido com certos tipos de madeira. É um fogo casto, do qual a união
dos sexos deve ser removida para muito longe da sua presença. Eles rezam a ele
não apenas para riquezas e saúde, mas também com vista à pureza de coração,
temperança e sabedoria. “Tornai-nos ricos e prósperos,” diz um hino Órfico;
“tornai-nos também sábios e castos”. Então o fogo sagrado é uma espécie de ser
moral; ele brilha, e aquece, e prepara a comida sagrada; mas ao mesmo tempo ele
pensa, e tem uma consciência; ele conhece os deveres humanos, e vê se eles
foram cumpridos. Um poderá chamá-lo de humano, porque tem a dupla natureza de
homem; fisicamente, brilha, move-se, vive, busca abundância, prepara o repasto,
alimenta o corpo; moralmente, tem sentimentos e afetos, dá pureza ao homem,
ordena o belo e o bom, alimenta a alma. Pode-se dizer que suporta a vida humana
na dupla série das suas manifestações. É ao mesmo tempo fonte de riqueza, de
saúde, de virtude. É verdadeiramente o deus da natureza humana. Mais tarde,
quando este culto tinha sido relegado para segundo lugar por Brahma e por Zeus,
ainda se manteve no fogo sagrado o que de divino era mais acessível ao homem.
Tornou-se o seu mediador com os deuses de natureza física, encarregou-se de
levar ao céu a oração e a oferenda do homem, e de trazer de volta os favores
divinos. Ainda mais tarde, quando fizeram o grande Vesta deste mito do fogo
sagrado, Vesta tornou-se a deusa virgem. Ela não representava no mundo a
fecundidade ou o poder; ela era ordem, mas não a ordem rigorosa, abstrata,
ordem matemática, a lei imperiosa e imutável, que logo se descobre na natureza
física. Ela era ordem moral. Eles imaginavam-na como uma espécie de alma
universal, que regulava os diversos movimentos dos mundos, como a alma humana
mantém ordem no sistema humano.
Então somos permitidos a olhar para o modo de
pensar das gerações primitivas. O princípio deste culto situa-se fora da
natureza física, e encontra-se neste pequeno mundo misterioso, o microcosmo – o
homem.
Isto traz-nos de volta ao culto dos mortos. Ambos
são da mesma antiguidade. Eles encontravam-se tão estreitamente próximos que a
crença dos antigos fez disso uma religião. Fogos, demónios, heróis, Lares,
todos se confundiam num. Observamos de duas passagens de Plauto e de Columela
que, na linguagem comum, eles dizem, indiferentemente, fogo ou lar doméstico; e
também sabemos que, no tempo de Cícero, não distinguiam entre o fogo e penates,
e vice-versa. Em Sérvio lê-mos, “Pelo fogo os antigos entendiam o Lares”, e
Virgílio escrevia, indiferentemente, fogo e Penates. Numa famosa passagem da
Eneia, Heitor diz a Eneias que lhe vai confiar os penates de Troia, e é o fogo
sagrado que é confiado ao seu cuidado. Noutra passagem, Eneias invoca estes mesmos
deuses, chamando-os ao mesmo tempo Penates, Lares e Vesta.
Já vimos que aqueles cujos antigos chamavam Lares,
ou heróis, eram não outros que as almas dos mortos, aos quais os homens atribuíam
um poder super-humano e divino. A reminiscência de um destes mortos sagrados
estava sempre ligada ao fogo sagrado. Ao adorar um, os adoradores não podiam
esquecer o outro. Eles estavam associados no respeito pelos homens, e nas suas
preces. Os descendentes quando falavam do fogo sagrado, falavam constantemente
do nome do antepassado: “Deixa este lugar,” diz Orestes à sua irmã, “e avança
em direção ao fogo antigo de Pélops, para escutar as minhas palavras.” Do mesmo
modo, Eneias, falando do fogo sagrado que o transporta através das águas,
designa-o pelo nome do Lar de Assáraco, como se visse neste fogo a alma do seu
antepassado.
O gramático Sérvio, que era muito lembrado em
antiguidades gregas e romanas - as quais eram muito mais estudadas nessa altura
do que no tempo de Cícero - diz que era um uso muito antigo enterrar os mortos
nas casas, e acrescenta: “Como resultado deste uso, eles honram os Lares e os
Penates em suas casas.” Esta frase claramente estabelece uma antiga relação
entre a adoração dos mortos e o fogo sagrado. Podemos supor que o fogo
doméstico era de início apenas um símbolo do culto dos mortos; que sob a pedra
da lareira repousava um antepassado; que o fogo era acendido aí para o honrar,
e que o fogo parecia preservar a vida nele, ou que representava a sua alma como
sempre vigilante.
Esta é meramente uma conjetura e não possuímos
prova dela. No entanto, é certo que as mais antigas gerações das quais os
gregos e os romanos brotaram não figuravam os seus deuses com forma física, mas
no próprio homem, e tal tinha como objeto a adoração do ser invisível que se
encontra em nós, o poder moral e pensante que emana e governa os nossos corpos.
Esta religião, depois de certo tempo, começou a
poder o seu poder sobre a alma; tornou-se enfraquecida gradualmente, mas sem
desaparecer. Contemporaneamente às primeiras idades da raça ariana, tornou-se tão
profundamente enraizada nas mentes desta raça que o brilhante religião do Olimpo
grego não a pode extirpar, só o conseguindo o Cristianismo.
No comments:
Post a Comment