Monday, December 18, 2017

Folhas Soltas (2)


    

    A pintura hiper-realista é um sintoma extraordinário da animalização do homem e dos seus horizontes.


    A obsessão moderna com a matéria não conhece limites. Arte degradada ao nível da cópia do físico. 


    No limite, um macaco adestrado para tal, conseguiria produzir obras de arte modernas. 


    Arte superior liberta-nos do animal em nós, não o aprofunda


    Quando o moderno se refere ao humano, eles querem dizer animal. 


  Do humano eles encontram-se absolutamente afastados, já que humano é o que existe de divino no Homem.


   Um capítulo nunca a aparecer nos futuros livros de história: ‘A importância das contas reacionárias nas redes sociais para o desmantelamento da modernidade’.


  Três populares profissões modernas que confirmam a iminente ascensão do Anti-Cristo: cozinheiros celebridades, políticos profissionais, programadores de videojogos.


   Uma prova insofismável da latente falsidade da nossa vida pública é o aparecimento da indústria do marketing.


   Todos os sistemas políticos modernos, no seu íntimo, não contém quaisquer noções de Deus, Bem, Virtude ou Justiça. De facto, são meras vias de conduta para outro tipo de influências…


    Prova da incrível decadência das civilizações: nos tempos antigos os respetivos líderes possuíam poderes sobre os Deuses; hoje em dia, apenas têm poder sobre a multidão.


   Se o político moderno jura não ter como objetivo tornar-se rico, porque então se veste como um poderoso capitão de indústria?


   A vida pública sob alçada democrática é governada pela projeção e pela irreprimível inveja. Nela, homem satisfeito com a sua situação é considerado um pateta.


   Em democracia, mais do que perseguir verdade e justiça, o que importa é aparentar persegui-las.


   Só o homem massa toma a liberdade de pensamento e de ação por verdadeira liberdade. 


   O antigo sabia que a verdadeira liberdade só estava ao alcance de poucos eleitos, não sendo esta mais do que liberdade de si próprio.


  Daí ser tao estranho ao moderno compreender todas as regras, imposições e costumes que à maioria cabia cumprir antigamente.


  Vendo nelas somente opressão, o moderno desconhece que eram aceites de bom-grado já que sem elas estariam irremediavelmente perdidos.


  Mais, viam numa classe superior de homens, que reinava, esse exemplo superior. Ao participarem da hierarquia, era-lhes facultado participar nessa ordem superior.


  Hoje, o homem massa, tendo-se libertado das velhas "correntes", cortou todas as possibilidades de participação nessa ordem. Não a tem e nem a vê.


   Quanto muito, resta-lhe a fé.


  Que triste momento para a humanidade quando a fé se tornou o único meio de contacto com o divino. Necessário, sem dúvida! Mas não menos triste...


  O homem atual atua cada vez mais por processos de ação passiva. Os seus modos de estar resumem-se a único estado: o hipnótico.


  Uma cultura de sexo fácil e de gratificação hedonística é totalmente ignorante do êxtase supremo – divino, mesmo – da antiga união sexual onde a mulher se entregava totalmente ao homem, que a podia possuir na sua plenitude.


    No final do dia todos vivemos vicariamente: o homem, através do empresário; a mulher, através da atriz; a criança, através da estrela de desporto. Graças a Deus pelo fim das tenebrosas práticas de idolatração de ídolos! 

  
   Na modernidade, é quase impossível ao homem controlar os seus sentidos e emoções. O permanente atiçamento destas é condição sine qua non para a sua existência.


   Na modernidade, em todos os setores da vida, para atingires o sucesso necessitas manter um séquito, que irás alimentar e proteger. Por Deus, a Máfia não inventou o seu sistema do nada!


   A constante inquietação e necessidade de ação contínua são sintomas do profundo desespero em que o homem moderno opera.


   O mais iludido de todos é o auto-intitulado homem ‘culto’, que acredita que as suas convicções lhe pertencem. 


  O melhor barómetro para aferir do avanço civilizacional é observar a dignidade das pessoas que governam: se houver dúvidas, compare-se a grandiosidade de um antigo Faraó com os servos de hoje que vestem gravata.


   Hoje em dia, as pessoas que nos governam não mais são que plebeus psicóticos altamente ambiciosos.


  Reparo em muitos tradicionalistas que juram estar a combater as estruturas modernistas de poder nas redes sociais ao juntar seguidores e a angariar dinheiro.


  Constato que a esmagadora maioria dos seres libertos de hoje possuem as ideologias, as atitudes e as crenças que são promovidas nos mass media. Deve ser coincidência…


   Haverá algum governo democrático que não seja uma organização proto-mafiosa? Espero exemplos que contrariem esta asserção.


    Não faz diferença séria que a exploração económica de massas seja encabeçada pelo Estado ou por um conjunto de empresários.


    O moderno capitalista é um produto da teoria marxista: ele defende a sua utilidade ao reclamar que, ele também, produz valor.


   Em democracia todas as pessoas são escravos: do dinheiro, do trabalho, da posição, dos desejos, da ambição. 


   A diferença essencial entre democracia e uma verdadeira aristocracia é a ausência na primeira de homens verdadeiramente livres.


   Nestes tempos em que toda a gente necessita de ter emprego e depende do dinheiro, como confiar nos verdadeiros motivos íntimos de qualquer conhecido?


     Em democracia todos os aspetos da vida, incluindo a caridade, politizam-se.


   Cuidado com a turba, qualquer turba, mas especialmente a turba democrática: o seu fanatismo é inigualável nos anais da história.


    Em democracia, a longo prazo, as medidas mais populistas e decadentes acabam por ser implementadas. 


   Tentar mudar o sistema pelo voto, é uma armadilha; os reais criadores da democracia conhecem a natureza humana muito melhor do que se lhes dá crédito.


   Quem defende o estabelecimento de uma sociedade humana com os mesmos direitos inalienáveis para todo a gente é um tolo, no melhor dos casos; um subversivo, no pior.


   O mesmo vai para os que defendem uma comunidade baseada na raça, no capital, nos ideais sociais ou em qualquer outro mito moderno.


   Como se torna a cada dia mais claro, todo o propósito da existência dos EUA é a preparação do futuro Reino de Israel.


  O ataque velado ao estado iraniano vai saindo das sombras. Israel, EUA e Arabia Saudita são instrumentos das forças que querem eliminar qualquer nação independente d face da Terra.


   Relativamente ao debate sobre o porte de armas, os conservadores americanos amiúde esquecem que os direitos divinos de propriedade apenas só podem ser exercidos por homens livres, não por homens libertos.


   Prover direitos de uso de armas às masses apenas faz sentido em pensadores democráticos e proletários, não para o verdadeiro Conservador.


   Conservador americano, já agora, é um oximoro.

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