Monday, December 18, 2017

Folhas Soltas (1)




O pseudo-progressista de mente aberta é o menos clemente e tolerante contra aqueles que ofendem o mantra social do momento.


A reação de progressistas quando confrontados com o comportamento mais lascivo dos seus representantes masculinos para com as mulheres: precisamos de mais progresso!


No que toca a todos os empreendimentos progressistas, seria ótimo saber qual o ponto de chegada em que estes não mais serão requeridos.


Qual é o estado de perfeição das relações entre os sexos que os progressistas ambicionam?


O que jaz no fundo da atitude progressista não é o desejo de corrigir o mal de um ponto de vista mais elevado, mas essencialmente a rebelião de um espírito que avança a vileza do que já se encontra corroído.


A mentalidade de um progressista é a mais permeável à propaganda. Note-se o quão rápido ele absorve no seu léxico as mais recentes palavras de ordem, que depois vocifera aos outros: supremacia branca, homens feministas, patriarcado, ‘trigger words’, ‘brown people’, ‘safe spaces’, etc.


Curioso como progressistas e materialistas são os primeiros a mofar o conceito religioso do paraíso ao mesmo tempo que tudo fazem para recreá-lo na Terra.


Um homem feminista é uma de duas coisas: um homossexual ou um heterossexual que, devido a dúvidas relativas à sua masculinidade, insinua-se nas boas graças das mulheres por via da proposta de ideias que julga que lhes vão agradar, fingindo ser seu aliado.


Eu ia juntar-me ao movimento #metoo na internet, até que percebi que só se aplicava às vítimas.


De todas as falsidades modernas, aquela que postula a possibilidade de melhoramento da espécie humana, é a mais perigosa.


Afirma-se religioso mas considera que a religião se deve adaptar às novas descobertas científicas? Possui sintomas progressistas!


Considera-se um católico tradicionalista mas critica o Islão como um dos grandes males da atualidade? Possui sintomas progressistas!


É conservador e também enaltece o crescimento económico e industrial como prova da superioridade do Ocidente? Possui sintomas progressistas!


Denomina-se conservador enquanto apelida as outras grandes civilizações de bárbaras e antiquadas? Possui sintomas progressistas!


É um auto-intitulado conservador que promove a igualdade de género como prova da superioridade ocidental? Possui sintomas progressistas!


Pavoneia-se como conservador mas entra em histeria quando constata que certas sociedades ainda não permitem que as mulheres conduzam? Possui sintomas progressistas!


Afirma ser monárquico dos sete costados e ao mesmo tempo exalta a Suécia como um grande exemplo de como a monarquia pode subsistir no mundo atual? Possui sintomas progressistas!


Defende a monarquia e na mesma conversa afirma estar feliz por já não habitarmos na longa noite do período medieval? Possui sintomas progressistas!


Afilia-se publicamente à doutrina conservadora enquanto se afirma partidário da teoria da evolução? Possui sintomas progressistas!


Orgulha-se de ser conservador e tenta demonstrar como os atuais regimes constitucionais são prova controvertida da superioridade do Ocidente? Possui sintomas progressistas!


A superioridade do pensamento reacionário em relação ao progressista é intuída no momento em que se apercebe que o primeiro é o único que compreende ambos. Mais, previu o aparecimento do segundo!


A mentalidade progressista brota da ignorância total do que é fundamentalmente antigo e perene.


Nos modernos movimentos de justiça social contra a opressão branca, deteto um grande complexo de inferioridade.


Guerreiros de justiça social, acreditem quando vos digo que os brancos de hoje não são, de facto, melhores que vocês!


A moderna teoria evolucionária tem menos a ver com ‘ciência’ do que com o truncar as vias de acesso a estados superiores de ser.


O libertarianismo moderno é a teorização das ações económicas terrestres de seres que habitam realidades metafísicas superiores e, portanto, não terrestres. Uma heresia total!


No fundo do pensamento libertário, como no comunismo, jaz o profetismo apocalítico hebreu de criar o paraíso na terra, sublimado em bases puramente materiais.


Não é uma coincidência que Friedman, Rothbard, Ayn Rand, David Ricardo, Marx e Trotsky partilham a mesma origem e cosmovisão.


Esta é uma verdade 'protocolar' de primeira ordem, que permite entender correntes históricas e características mentais próprias do espírito subversivo que lhes deu origem.


Desaferroar homens que se encontram hipnotizados por tais construções mentais e espirituais é tarefa mastodôntica.


Qualquer ideologia ou ideia elevada que não é concebida para durar para toda a eternidade é, no melhor, inútil; no pior, o mal indizível.


A mentalidade capitalista é ainda mais iludida que a revolucionária comunista. Pelo menos a última nutria total desprezo pelas massas.


Não é de surpreender que os antigos regimes comunistas divinizassem e idolatrassem os seus líderes. Mesmo esse nível de baixa veneração não pode ser mantido nos dias de hoje.


A mente capitalista adora todo o tipo de homens que fornece matéria e satisfação. Ela não se preocupa com os valores que eles possam professar, já que estes tornaram-se anátema.


O capitalismo é em certo sentido uma subida de grau de satanismo em relação ao comunismo, já que abandona, inclusive, o objetivo de criar o paraíso na Terra, satânico o suficiente tal já fosse.


Os modernos socialistas e comunistas são apenas preguiçosos e invejosos capitalistas.


Se há algo transversal a toda a direita modernaça é a exaltação de qualquer tipo de exploração capitalista. No fundo, esta é a sua razão de ser...


Ela pensa que faz um serviço ao País ao defender formas de exploração económicas de massa, especialmente quando estas são encabeçadas por homens que ao País tem uma devoção circunstancial, se alguma.


O capitalismo é grosso modo a mentalidade calvinista aplicada a assuntos do Estado: a moralidade existe mas deve ser deixada à discrição do indivíduo e nenhuma alta autoridade deve regulamentar assuntos de fé.


Os proponentes do ‘mercado livre’ perdem a cabeça assim que certos grupos ou indivíduos usam-no para acomodar um estilo de vida não-ateístico.


Nunca deixa de surpreender a ingenuidade dos partidários da democracia que se espantam que um sistema que produz degenerescência tem degenerados como seus representantes.


O total desconhecimento do homem moderno das estruturas políticas pré-Revolução Francesa é, ao mesmo tempo, enternecedora e inquietante.


A verdadeira revolução não se operará quando as pessoas exigirem um Império, apenas quando elas ansiosa e devotamente se submeterem a Ele, à Ideia e seus Líderes.


Hoje em dia, reclamar especial herança por se pertencer a dada raça ou terra é como esperar herdar uma fortuna de um pai pobre e moribundo.


Espanto-me ao constatar que no universo de certa direita dita musculada que insultar e menosprezar o sexo feminino é uma das formas de acentuar ‘masculinidade’.


A propaganda progressista é tão eficaz que ainda hoje os conservadores se definem por copiarem a caricatura que a Esquerda deles faz.


Se apenas as pessoas imaginassem que existem ‘papéis’ que elas podem ‘representar’ além dos que são fornecidos pelo atual sistema!


A mentalidade burguesa deleita-se na ausência de qualquer ideal mais elevado que a sua auto-satisfação e bem-estar.


Como os nossos antigos comunas apoiavam tudo o que a URSS fazia, hoje os nossos liberais veneram os EUA e Israel. Que meninos mais bem comportados, todos eles!


Hungria e Polónia, países vistos por muitos como impertinentemente conservadores e, quiçá, ninhos de futuras ‘restaurações’, têm taxas de divórcio de 40%. O futuro é radiante!


 Apenas 2 tipos de pessoas acreditam que existem na Europa países capazes de verdadeira restauração reacionária: os que embarcam na histeria dos mass media; os que nunca lá viveram.


Quem vaguear pelas ruas de Budapeste à noite ou contactar com o húngaro médio, rir-se-á imediatamente do conservadorismo destas gentes.


De qualquer modo, não deixa de ser irónico que, passados 70 anos, esta estirpe de gentes, junto com a Polónia eslava, sejam agora vistas por certa direita como a ‘melhor esperança da Europa’.


Ainda mais graça tem a atual mitologização da Rússia e de Putin como a ‘Próxima Grande Esperança Branca’. De facto, a extrema-direita agarra-se sempre a qualquer coisa que mexa, especialmente fantasmas…


Qualquer restauração da Europa só se operará quando o europeu se libertar de todas as noções burguesas de família, trabalho, cultura, pensamento e religião.


A estrutura da família burguesa é um cancro que já produziu os frutos desejados, estando portanto a ser agora descartada a velocidade alucinante. O homem reacionário tem de ambicionar a mais!


Sugestão para restaurar a dignidade do Panteão Nacional: enterrar lá Marcelo e CR7. Já!


Não sem um certo gozo constato que o sacrossanto respeito pelo Panteão Nacional é partilhado pelas mesmas pessoas que aplaudiram a integração europeia.


Não sem um certo gozo constato que esse grande respeito é também compartido por aqueles que defendem a capitalização e liberalização da nossa vida.


E confesso o choque de constatar que um governo socialista não respeite os símbolos máximos da nossa soberania. Não é essa a razão da sua existência?!


A toda a malta indignada com a profanação do Panteão Nacional, não é esse o mesmo sitio onde ainda há pouco tempo enterramos um futebolista?


Pode-se tirar uma pessoa da servidão, mas muito raramente se retira o servo da pessoa. Facto! Apenas atente-se nos nossos líderes.


A hipocrisia de criticar os homossexuais por terem tendências pedófilas revela uma moralidade rígida aplicada à sexualidade e que, no fim de contas, apenas aceita a visão formalista e igualitária dos papéis sexuais burgueses.


Uma coisa será criticar comportamentos libertinos, outra é confundi-los com outras possibilidades de realização sexual e de interação comunitária que só relativamente há pouco tempo foram proibidas, na maioria dos casos devido a uma bem oleada mentalidade puritana e burguesa.


A limitação de idade para consentir relações sexuais, especialmente nas mulheres, é no fundo uma arma subversiva, por muito que tal doa aos nossos moralistas.


Quem é capaz de descortinar o que subjaz no ritualismo e captar a profunda diferença entre comportamentos decadentes e as antigas instituições sexuais, compreenderá o nulo valor daqueles e as mais elevadas possibilidades que as últimas abriam.


Acerca dos escândalos sexuais ecoados na comunicação social, constato a coincidência de tais ocorrerem numa época em que o conceito de cavalheirismo foi aniquilado.


A igualdade no relacionamento dos sexos cria promiscuidade de ambos os lados, voluntária e involuntária.

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